Esta semana estava tomando uma cervejinha inocente com J. quando chega uma menina pra falar com a gente. Ela era toda tatuada, tinha o cabelo desgrenhado e roupas que não viam um sabão há tempos. Sem mais nem menos, e sem ser convidada, a menina desatou a falar da vida dela, uma história surreal de como ela fugiu de casa, brigou com um, xingou outro, engravidou sabe-se lá de quem e ainda está fugindo de algum traficante.
Como veio foi embora, e nunca mais a vimos.
Eu olhei pra ele esperando alguma explicação plausível pro que tinha acabado de ocorrer, e o que recebi foi:
- Todos os doidos acabam parando aqui em NY.
Eu retruquei:
- Mas nem todo mundo que está aqui é doido...
Recebi mais um sorrisinho, meio que de lado.
- Você está falando de você mesma? Te dou um mês para mudar de opinião.
Fiquei meio preocupada em ter que me encaixar no sistema, mas quer saber? De perto ninguém é normal.
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